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João Ribeiro da Silva Neto "Beiró"

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

João Ribeiro da Silva Neto "Beiró", guitarrista-solo, tecladista e vocalista. Foi idealizador do Conjunto Musical Big Brasa. Desde novo estudou música e se dedicou à profissão com todo o entusiasmo possível. Futuramente se formou em Música, no Conservatório de Música Alberto Nepomuceno. Como guitarrista-solo do conjunto sempre procurou “tirar” de seu instrumento todos os sons possíveis e tentava os sons “impossíveis” com a auxílio de pedais de efeitos diversos. Pelos solos, efeitos e improvisos agressivos, chegou a ser considerado um dos melhores guitarristas do Norte e Nordeste, segundo comentários da imprensa local sobre o meio artístico e publicação da TV Rádio e Revista. Seu objetivo principal era o profissionalismo, no sentido de ser um músico correto, com seus companheiros e o público em geral. Procurou o aprimoramento das técnicas musicais, procurando fazer o melhor possível dentro das possibilidades existentes. O que hoje em dia se chama de “Qualidade Total”, cujo princípio é, “fazer certo da primeira vez”. Diz que, por intuição, procurava empregar esses princípios no Big Brasa naquela época.

Adalberto Pereira Lima

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Adalberto Pereira Lima - guitarrista-base e posteriormente tecladista. Meu primo, amigo e cunhado. Teve seu ingresso no Big Brasa a partir de 1968, quando chegou a Fortaleza, para estudar, um ano depois de nossa estada em Balsas, na época uma pequena cidade do sul do Maranhão. Preparou-se para ingressar no conjunto, aprendendo violão. Ao chegar, logo assumiu a função de guitarrista-base. Após algum tempo, em vista da necessidade do próprio conjunto em razão da falta de tecladistas, passou a tocar órgão eletrônico, instrumento que aprendeu rapidamente e desempenhou de forma bastante satisfatória. O Adalberto fez parte da espinha dorsal do conjunto por muito tempo. Além de tocar no conjunto, dirigia com grande habilidade, dividindo comigo a responsabilidade de levar e trazer “numa boa” todo o grupo para as viagens que fazíamos. Passamos por inúmeras situações difíceis, ao volante, mas graças a Deus sempre nos saímos bem. 

​Carlomagno Pereira Lima - “Carló”

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Carlomagno Pereira Lima - “Carló” (in memoriam). Contrabaixista e vocalista do grupo. Meu primo, amigo e cunhado. Iniciou no conjunto tocando guitarra, mas fazendo o papel de contrabaixista, visto que nos primeiros meses o Big Brasa não tinha contrabaixo. O Carló, em um breve período, exerceu também a função de cantor do conjunto. Durante sua permanência, também fez parte da chamada “espinha dorsal” do grupo. Moramos juntos por muito tempo e o considero como mais um irmão. Participamos de diversos momentos da juventude juntos, vivendo praticamente as mesmas emoções. Teve que nos deixar em virtude de ir cursar a faculdade na Escola de Agronomia de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde se formou. Desenvolveu posteriormente projetos agrícolas em Balsas. Assumiu posteriormente a direção técnica da Televisão Rio Balsas, afiliada da Rede Globo. Neste período participou de diversos cursos sobre televisão, no eixo Rio-São Paulo tornando-se um "expert" no assunto. O Carló, além dessas habilidades técnicas para eletrônica, também foi professor de Matemática e de Física da UEMA. Nunca parou com a música. Sempre que podia ele ficava com seu violão e sua voz para animar os amigos. Gostava demais de uma seresta, de compor e é um amante da boemia por excelência. Participou conosco de muitos bailes e de diversos programas Show do Mercantil, na TV Ceará. 

Severino Ferreira Tavares 

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Severino Ferreira Tavares, “Ziglim”, foi um excelente baterista que o Conjunto Big Brasa teve. Ingressou no conjunto no seu início. Sendo o primeiro baterista, tocava de maneira simples, mas segura e isso garantia a estabilidade do conjunto nas músicas, ou seja, facilitava as passagens de uma música para outra com seus “breques” e aprendeu a conhecer todos os macetes de um conjunto de bailes. Assim, desenvolveu suas habilidades na bateria pouco a pouco e com o passar do tempo firmou-se como um baterista que tocava “para o conjunto”, isto é, limitava-se a fazer tudo certinho, conforme os ensaios. Uma das dificuldades de um conjunto consiste na passagem de uma música para outra. Convencionamos então um único “breque”, feito pela bateria, que daria a entrada de todas as músicas, variando apenas o andamento, a velocidade. Quando nós ainda estávamos por definir qual seria o nome do conjunto, para que pudéssemos pintá-lo na bateria e fazer nossa estréia no Balneário Clube de Messejana, no dia 28 de abril de 1967, em uma conversa entre nós ele disse de repente para nosso grupo: “Big Brasa!”. O pessoal se entreolhou naquele momento, porque vários nomes já tinham sido sugeridos, mas houve aprovação geral do “Big Brasa”. Deu a ideia também do prefixo do Conjunto, que era a música que iniciava os bailes, sendo tocada também aos finais de cada apresentação. And I Love Her, dos Beatles. Será também um “Eterno Big Brasa”.

Edson Girão Rios

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Edson Girão Rios - guitarrista-base e vocalista. Grande companheiro e amigo. Excelente e criterioso músico, apreciador e conhecedor de muita harmonia musical, além de possuir um ótimo e variado repertório. Detalhista ao extremo,meticuloso. Se um acorde qualquer não estivesse certo, inserido na hora exata, tínhamos que ensaiar tudo de novo. Às vezes até chegava a exagerar, pensávamos. Isso porque desejava fazer tudo bem feito. Sempre muito zeloso com o seu instrumento, preocupava-se também com a aparência geral de todo o conjunto. Hoje em dia continua atuando com grande destaque na noite cearense. E participa de nossos grupos aqui no Facebook, como sempre emitindo suas boas opiniões e postando música boa. 

Luiz Antônio Lima Alencar 

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Luiz Antônio Lima Alencar - O “Peninha” - guitarrista-base e vocalista. Aficionado por música, em especial pelos rocks pesados dos “Rolling Stones” e pela música dos Beatles, dentre outros grupos famosos. Destacou-se no conjunto por seu repertório de músicas em inglês, as quais na maioria das vezes, o Big Brasa as usava nos momentos em que os bailes estavam precisando de maior animação. Muito inteligente, aprendeu inglês ainda cedo. A origem do apelido “Peninha”, evidentemente, foi em virtude de ele ser “um pouco” desastrado com os equipamentos, cabos e tudo mais. Nas viagens do conjunto sempre tinha uma imitação para fazer, como a daquele personagem da televisão “Zé Bonitinho”. Imitava também até mesmo seus próprios parentes, o que para nossa turma funcionava muito bem. Gozador ao extremo, chegava a irritar o Getúlio, ao cantarolar uma simples introdução de uma música que ele não gostava. Seu ingresso no Big Brasa ocorreu durante a realização de um pequeno festival na sede do Messejana, em um domingo à noite, organizado pela paróquia local. Ele cantou Penny Lane e todos ficamos entusiasmados no sentido de que ingressasse no Big Brasa.     

Lucius Maia Araújo

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Lucius Maia Araújo - contrabaixista e excelente vocalista. Manteve seus primeiros contatos com o conjunto no Clube Recreio do Funcionário e depois no América Futebol Clube, quando cantou “Taxman”, dos Beatles. Com sua boa voz e inglês fluente não admitia cantar uma música em que uma só palavra estivesse em dúvida. Isto porque naquele tempo as letras das músicas quase sempre tinham que ser copiadas do próprio disco. De gosto musical refinado, escolheu músicas que enriqueceram o repertórsio do Big Brasa por longo tempo. Tinha muitos discos e neles pesquisava para montar seu repertório. Detalhe sobre o Lucius Maia: conforme um colega de trabalho nosso, na TVE (Tv Educativa, hoje TVC), o Bob (americano) o Lucius possuía uma das melhores pronúncias de inglês que o cara tinha ouvido no Ceará. O Bob dizia que era o melhor inglês mesmo. Além disso grande amigo, até hoje mantemos contato sempre que possível, apesar da distância física. Demonstra um conhecimento muito legal da vida em suas ótimas colocações. 

Edmundo Reis Bessa - Edir

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Edmundo Reis Bessa - Edir - baterista. Carinhosamente apelidado por nós de “Peito de Pombo”. O Edir Bessa foi indicado para o conjunto em face da saída do Severino, por motivos profissionais. Em um dos “festivais”, ou seja, bailes animados por dois ou três conjuntos, muito comuns na época, no Clube Líbano, Clube dos Diários e outros clubes de Fortaleza, encontramos o Edir tocando com o conjunto musical “Os Monkeys”. Ele estava desmontando sua bateria, vestido com uma camiseta do Flamengo, todo suado, com barba grande e tudo a que tem direito. O meu pai, Alberto Ribeiro, ao ver aquela figura, totalmente ao contrário do que ele imaginava ser “certo”, perguntou para mim, com jeito de quem comeu e não gostou:
- João Ribeiro, é este o rapaz que você falou? Perguntou, decepcionado. Ao que eu respondi afirmativamente, dizendo:
- É sim, pai, o cara é esse aí mesmo. Toca bateria muito bem e, segundo me disseram, é uma pessoa bastante responsável. Resultado: o Edir veio para o Big Brasa e chegou para ficar. Excelente profissional, respeitador, amigo, “topador” de qualquer parada. Hoje, de vez em quando é citado como exemplo, pelo papai, o "Mestre Alberto", de que “as aparências enganam”, como diz aquele ditado.

Luciano Almeida Franco 

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Luciano Almeida Franco - Contrabaixista. Excelente músico, profissional correto e amigo de todos. Além de tocar contrabaixo, também é um ótimo tecladista e possuidor de uma harmonia apurada, rica e super completa. Sempre muito calmo e alegre. Por sua ótima percepção, além da marcação baseada nos acordes convencionais feitos no contrabaixo, às vezes conseguia fazer variações espetaculares e alcançar notas incríveis, logo incorporadas aos arranjos musicais do Big Brasa. Participou conosco de muitos bailes e de diversos programas Show do Mercantil, na TV Ceará. Até hoje mantemos contatos agradáveis, oportunidades que relembramos os bons momentos vividos e tocados!

Airton França

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Airton França - Conhecido no meio musical como “Torinha”. O Airton era um excelente pistonista. Chegou ao Big Brasa com bastante experiência musical, visto que tinha integrado outros conjuntos e também estudado música na Banda do Colégio Pia Marta, liderado pelo padre Luiz Rebufinni. Possuidor de um sopro muito forte, tirava sons legais no pistom e tinha ótimo tino musical para os arranjos. A sua atuação agradou tanto à direção do conjunto quanto ao público em todas as apresentações que fez. Foi uma boa companhia para todos nós. Sempre foi muito responsável e de conduta irrepreensível, jamais criando qualquer espécie de problema para o grupo. Apesar de ter um pouco mais idade do que eu (João Ribeiro) e experiência musical anterior, sempre respeitou o princípio de liderança de minha parte em relação ao grupo. No que se refere a parte musical, trouxe muito enriquecimento para os arranjos, com os duetos de piston com o Mairton. É engenheiro civil e na atualidade empresário, proprietário do Pesqueiro Guaramiranga.  Ainda gosta muito de música e promove shows bem interessantes em Guaramiranga, no Maciço de Baturité. 

Mairton Vitor dos Santos

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Mairton Vitor dos Santos - pistonista (In Memoriam).
Excelente instrumentista, contribuiu de forma valiosa para o enriquecimento musical do conjunto. O Mairton foi também o líder da banda “Sonhos Dourados”, que marcou presença significativa nos principais eventos musicais de Fortaleza. 
O Mairton conquistou a nós todos. Um excelente pistonista e pessoa humana muito legal. Temos muitas saudades, logicamente, mas com toda certeza ele está muito melhor do que nós em sua vida eterna. Para mim sempre estará conosco, nas nossas lembranças - e boas lembranças. Viajamos juntos para o Maranhão. As pessoas boas são assim mesmo. Ficam eternizadas em nossas mentes! 

José Marcilio Mendonça Ferreira

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

José Marcilio Mendonça Ferreira - Marcilio - excelente músico e companheiro. Participou de um carnaval com o Big Brasa em Cascavel, como cantor. Foi um período muito bom e divertido! Como vocalista e instrumentista, por um longoperíodo fez parte do Quinteto Agreste, grupo que conseguiu muito sucesso em Fortaleza durante sua existência. Atualmente o Marcílio é proprietário e coordenador musical de um ótimo e bem sucedido estúdio de gravações digitais de Fortaleza, o “Proaudio Studio”, que possui equipamentos de gravação modernos, de última geração. Está sempre acompanhando o movimento musical e nós o consideramos também um "Eterno Big Brasa". Nas gravações peço sempre dicas e opiniões dele, pois é uma sumidade no assunto. 

Mardônio

João Ribeiro da Silva Neto - Livro "O Big Brasa e minha vida musical" (1999).

Mardônio - um dos vocalistas do Conjunto Big Brasa, participou do conjunto em um período por um bom tempo. Bom cantor, apresentava-se sempre muito bem, gostava de aprender logo as músicas de sucesso e tinha postura de um verdadeiro artista. Sempre manteve um bom relacionamento com todo o grupo. Muito brincalhão, com seu cabelo comprido, fazia trejeitos de todos os tipos e às vezes até imitava um “gay”, por brincadeira. Isso também em pleno palco, o que fez no Náutico Atlético Cearense, em um baile de formatura, quando em uma pausa na música “Pisa na barata”, tirou o sapato e ficou correndo na frente de todo mundo, desceu até o salão, tentando matar uma barata por ele inventada. Depois recomeçou a música normalmente. Como sua brincadeira foi um verdadeiro sucesso e a turma curtiu muito, passou a repeti-la em outros clubes. Posteriormente o Mardônio continuou sua carreira artística. Chegou a trabalhar como cantor em diversas casas noturnas de São Paulo e conseguiu gravar alguns discos. 

Integrantes

@2016 - Página Oficial do Conjunto Musical Big Brasa, de Fortaleza, Ceará 

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